segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Como as leis, regras e mandamentos interferem no Jornalismo



O mundo jornalístico é permeado de regras e leis que devem ser seguidas, para o bom exercício da profissão. Regras de trabalho, que situam o jornalista em vários campos como: profissional, empresarial, ético, entre outros. Mas para que segui-los?

Os jornalistas seguem uma lista de mandamentos, além de seguir os manuais de trabalho e regras profissionais da empresa onde trabalham. Essas regras e mandamentos servem para padronizar o jornalismo. Mas as regras também servem para saber o que pode ou não pode ser dito para as pessoas.

Há no jornalismo alguns pecados capitais, que as pessoas leigas, muitas vezes não veem, passam despercebidos ao olhar desse público. A distorção e a colocação de imagens falsas têm lugar de destaque nesse cenário. Como por exemplo, aquela vez em que o Gugu (Augusto Liberato) dizia estar entrevistando um membro do PCC. Aquele ato acabou com o prestigio que ele (Gugu) tinha no cenário nacional, quando se descobriu que tudo não passava de uma grande mentira. Mas há também a distorção de imagens de vídeo, através da edição das imagens, onde o editor “pode” escolher o que a pessoa da imagem vai dizer.

Mas há ainda o problema do julgamento antecipado das pessoas. Os jornalistas têm em suas mãos um instrumento poderoso, a palavra, que nesse caso pode se transformar em uma arma. Essa arma, se usada de forma errada contra uma determinada pessoa, ela pode denegrir toda a sua imagem. O caso mais recente desse tipo de julgamento é o caso da menina Isabella Nardoni. Onde os pais da menina, desde o inicio do caso, já foram considerados “culpados” pela mídia de todo o país, do assassinato da menina, mesmo sem provas. Esse fato repercutiu na opinião pública, fazendo com que a população de todo o país, pedissem a punição dos pais, que mais tarde, com o laudo da polícia de São Paulo, foram indiciados como os únicos suspeitos pelo crime.

O jornalista tem como compromisso principal com seu público, de levar até eles (o público) a verdade dos fatos. Mas essa verdade é contada de acordo com a sua versão de ver os fatos. A verdade para o jornalista, nada mais é que a versão de um determinado fato. Assim, podemos dizer que no Jornalismo, a verdade são versões.

Outro fato importante é que o jornalista tem que honrar e capaz de ser responsável pelo que ele diz e escreve. As palavras têm um peso muito grande, e se mal compreendidas, podem acabar com qualquer pessoa. Então, é necessário observar tudo o que se diz e escreve, para não ser mal entendido, e ter uma fama de tagarela, mas que não prova nada que diz.

Além de ser responsável pelo que diz, o jornalista tem que ter coragem para dizer o que está acontecendo realmente. Tem que ter coragem, dar a cara para bater, mas mostrar a verdade como ela é, nua e crua, sem enganar o público, como muitas vezes acontece.

O jornalista também tem que ter o impulso de educar. Já que o jornalista tem um impulso investigar e mostrar o que acontece, ele também “pode educar” as pessoas. Mostrando os costumes daquela região, fatos culturais e principalmente mostrar as pessoas, as leis e os seus direitos, aos quais muitas dessas pessoas não têm acesso, mas que são garantidos para elas por decreto de lei.

O dever do jornalista é mostrar que as pessoas têm que cobrar os governantes, para que essas leis sejam realmente colocadas em prática. O povo tem que cobrar atitude dos governantes, mas o jornalista tem que dar o suporte para o povo, situando o povo do que realmente se passa não só na área política do país, mas também área social e cultural do país. São áreas, em que o povo tem que estar bem situados, para que possa haver uma mudança.

    

               

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